sábado, 3 de agosto de 2013

deixe ir



"Estou atravessando uma situação em minha vida, que me obriga a estar mais atenta à tudo o que faço, falo, e como me posiciono em algumas circunstâncias. Eu estou o tempo todo, com medo de errar, de tropeçar, de falhar. Isso mudou minha percepção das coisas, meu olhar sobre as pessoas e mesmo, meu olhar sobre quem eu sou e o que preciso mudar.
Ando triste, cansada e diria com uma amargura vestida de sorriso, não é que eu finja, é que não quero expor ainda mais minha vida, minhas cicatrizes, meus medos e frustrações.
Cada vez que saio de casa faço um esforço enorme pra não chorar,
pois me sinto muito só,
trabalho e muito,
mas não tenho tido alegria,
meus dias são cinzas e se eu não me esforçar, não saio da cama,
tenho vontade de me isolar,
e não conto nada  a ninguém, nem à meu marido, filhos ou parentes próximos,
tenho vivido uma vida covarde, porque não consigo romper com antigos hábitos,
não consigo sair de casa e deixar de lado, quem só me explora.
Um casamento falido que eu teimo em manter, talvez por medo de ficar só, ou porque sei que para os homens é mais fácil arrumar companhia, as mulheres estão sempre aí, na luta por alguém.
Encontrei seu blog por acaso e acho sua alma muito parecida com a minha, por favor, me diga alguma coisa."

Este é um email que recebi a ´poucos dias, confesso que fiquei assustada com tantos sentimentos e mais ainda, fiquei sem saber o que dizer pra essa pessoa aflita, o que dizer e como dar esperança, escrevi um email de volta com mil coisas, mas depois fiquei me sentindo inútil e pensando : "será que ajudei ?"
Mas uma coisa eu sei, todos nós de vez em quando não sabemos para onde ir, mas na maioria das vezes, o que mais precisamos fazer é deixar ir - deixar ir, sentimentos, laços, opiniões, convenções que nos obrigam a pensar e a aceitar nossa situação como, natural!
Desapegar-se é confuso, mas muitas vezes é nossa única saída!

3 comentários:

Nancy disse...

Boa tarde,
eu sei bem o que é viver se equilibrando entre a vida real, aquela em que agente tem que pagar as contas e a vida que agente queria muito viver, por isso entendo a dificuldade de quebrar a gaiola e ir embora, mas acrdito que dá pra sair sim, desse comodismo! sorte e força pra todos nós!
beijks
Nancy Reis

Unknown disse...

Elaine,
Eu acredito muito que a gente vai se acomodando a situações e não consegue sair delas,fica sofrendo sem quebrar as amarras, isso é muito doido e dificil, mas será q não seria mais cômodo fugir ?
não é meolhor ficar e lutar para mudar tudo que incomoda ?
Lucy

Unknown disse...

Verdade!! Essa é uma situação mais comum do que muita gente imagina! A competição é velada, eu vivo isso e sei bem como é rsrs... não é fácil não!
A gente tem vontade de dizer poucas e boas e ás vezes o marido nem se importa é muito triste.
Mas fazer o que, seguir em frente é a ordem!
abraço